Também conhecido por Galês Moribundo, é uma antiga cópia romana em mármore de uma estátua grega já desaparecida..
O seu original foi provavelmente feito em bronze, encomendado entre 230 e 220 a.C. por Atilo I de Pérgamo, para comemorar a vitória sobre as Gálias.
Desconhece-se a identidade do escultor, embora se pense tivesse sido Epígonas, escultor da corte durante a dinastia Atálida .
A dinastia atálida foi uma linhagem helénica que governou na cidade de Pérgamo após a morte de Lisímaco da Trácia, o general de Alexandre o Grande.
Mostra um Celta moribundo com grande realismo, nú, com uma corda ao pescoço, lutando contra a morte, negando-se aceitar o seu destino. Crê-se que tivesse sido pintado, como era costume na época.
Historiadores contam que alguns gauleses lutavam nus, fazendo-se acompanhar apenas das suas armas, outros envergavam peças metálicas de protecção.
Descoberta no século XVII , na Villa Ludovisi , ficando apertencer à colecção dafamilia Ludovisi.
O Papa Clemente XII adquiriu para a colecção Capitolina. Mais tarde, durante as invasões, foi resgatada aos italianos por Napoleão e exposta no Museu do Louvre até 1816, mas devolvida a Roma e reposta nos museus Capitolinos.
Lord Byron dedicou-lhe um poema “Childe Harold’s Pilgrimage”
He leans upon his hand—his manly brow Consents to death, but conquers agony, And his drooped head sinks gradually low— And through his side the last drops, ebbing slow From the red gash, fall heavy, one by one...
Gália era o nome romano dado, na antiguidade para as terras dos celtas na Europa ocidental. Ela compreende o actual território da França, algumas partes da Bélgica e da Alemanha e o Norte de Itália.
Na passada Sexta-feira (2Out09) estive na Gulbenkian e assisti a um excelente momento de música e canto, integrado num espectáculo que a meio-soprano Anne Soffie von Otter está a apresentar por essa Europa fora, com composições e canções criadas no Geto checoslovaco Terezín, durante a ocupação nazi em Theresienstadt.
Deixo aqui a entrevista e uma das belas canções que lá ouvi.
Não posso deixar de referir os excelentes músicos, Daniel Hope ao violino, Bengt Forsberg ao piano e o menos presente mas igualmente importante Bebe Risenfors (acordeão, guitarra, clarinete, pratos)
Canções que nos transmitem o sofrimento de quem se vê privado da liberdade mas que revela, ainda assim, o seu grande talento e persistência através do amor à sua arte. De entre eles, destaco:
Ilse Weber; Karel Svenk; Emmerich Kálmán; Roberto Dauber; Viktor Ullmann; Erwin Schulhoff; Paul Haas; Karel Berman; Carlo Sigmund Taube.
Imagino o quanto teríamos ganho se estes senhores tivessem vivido a liberdade plena em todo o seu talento…
Terezín, foi o getto “modelo” localizada nas proximidades de Praga, construída por volta de 1780 a pedido do imperador austro-húngaro, José II. Era uma cidade fortaleza, erguida para fazer frente a possíveis ataques alemães, o seu nome foi-lhe atribuído em homenagem à imperatriz Maria Teresa, mãe de José II, Theresienstadt, em Checo, Terezín. Embora não tenha sido muito utilizada como fortaleza, Theresienstadt serviu de prisão a responsáveis por desencadear tensões durante a I Guerra Mundial e assassínio do arquiduque Franz Ferdinand em 1914.
Com o eclodir da II Guerra Mundial, exploram-se não só novas possibilidades bélicas, como também se leva a cabo a maior propaganda xenófoba da humanidade. Theresienstadt é transformada pelo regime nazi num local de repressão, onde foram alojados cerca de 150.000 judeus checos, alemães e holandeses, entre outras nacionalidades. Pretendia ser um “campo modelo” dito pelo regime que servia como antecâmara para enviar os habitantes forçados para Aushwitz onde muitos eram submetidos à “solução final”.
1941, são chegados os primeiros judeus de diversas profissões técnicas. Como “campo modelo” passava pela permissão de várias actividades culturais, que mobilizavam músicos, poetas, escritores e pintores ali detidos. A grande actividade musical deveu-se a dois nomes ligados a correntes teatrais vanguardistas de Praga, o romeno Raphael Schächter e Karel Svenk. Dinamisando a vida musical no “getto” ali tiveram lugar diversos concertos de jazz, ensambles de cordas, coros, cabarets, solistas, etc. que procuravam proporcionar experiências culturais aos prisioneiros, permitindo uma espécie de libertação da alma para um corpo preso. O Freizeitgestaltung era o organismo encarregue dessas actividades culturais, cujos principais protagonistas eram os que acima referi.
“es uma criança como todas as outras, que existem em toda a terra” versos de Erika Tauben dirigindo-se a todas as crianças sem pátria que ali viviam, discriminadas pelo regime nazi
Ilse Weber, foi uma mulher marcada pela dureza nazi, ali colocada com seu marido e filho mais novo entre (1942-1944). Para além de actividades de enfermeira das crianças, compôs algumas canções e escreveu também peças e contos infantis, para ocupar as crianças do “campo”. Das cantadas neste concerto, destaco “Ich wandre durch Theresienstadt (vagueio pela cidade de Teresien), “Wiegala” (canção de embalar) e “Und der Regen rinnt” (e a chuva cai)
Quando o seu marido foi deportado para Aushwitz em Outubro de 1944, Ilse Weber ofereceu-se voluntariamente para o acompanhar, alegando não querer dividir mais a família, e ali morreu na câmara de gás juntamente com o filho Tommy. Hanus, o filho mais velho tinha sido expatriado e enviado para a Suécia aquando da ida dos seus pais para Theresienstadt . Lá viveu sem os voltar a ver. Em 1977 nasce-lhe um filho a quem deu o nome de Tommy em homenagem a seu querido irmão mais novo morto em Aushwitz.
Nasci em Lisboa, onde vivo e adoro. Fui casado, tenho um filho que não vive comigo. Sou reformado da banca e para ocupar o tempo, e não só, desenvolvo uma actividade de estafeta na area de desalfandegamento de mercadorias. Tenho como amiga principal, a minha mãe que adoro, com quem partilho algum do meu tempo livre e desabafo as minhas coisas. Tenho poucos amigos, mas bons, que estimo muito. Adoro o convivio, o sorriso sincero, a espontaneidade.
Recentemente alguem colocou coisas boas na minha vida, que me trazem mais confiante e desperto e com quem tenho passado muito bons momentos. É para mim uma amizade especial.
Sou espirita, estudo a doutrina do espiritismo, creio em Deus e em Jesus.
Estou consciente das minhas imperfeições, tento melhorar-me e aprender em cada dia.
Acredito que no amor e no conhecimento está a chave do nosso progresso.