o Ah convicto

domingo, 3 de julho de 2011

depuis ce temps

Quando chegaste enfim, e
eu te vi de olhar vestido para mim,
meu coração transbordou
de luz, de cor, de som
e aos poucos cobriu os espaço,
crestado, amarelado, zumbido.

Embebendo a sede, seca, uivada,
como um pé de cabinhos ocos,
cuja flor não conhecia de há muito esquecida.
Neste vaso comunicador, amalgamas de capilares recebem corrente,
desacorrentam, deslaçam,
despegam, desabam.

Do zumbido faz-se o som,
do uivo a melodia
o amarelado desfaz-se
descobrindo cores,
preenchendo de ritmos, chorinhos, os ocos caminhos.

E não há verbo, há canção.
Não há som, há orquestra,
de que o fluido cósmico universal é regente,
e as estrelas cantam em Heroica sinfonia.

03/07/2011

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